sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Depois do Carnaval...


Ninguém é de ferro, e no carnaval qualquer um acaba sendo um pouco irresponsável... Acabei deixando o blog um pouco de lado, mas continuarei a apresentar novas críticas logo, logo. Quero agradecer a todos que tem elogiado minhas humildes resenhas... Sempre gostei de escrever sobre filmes e só agora estou dividindo com vocês, e as boas respostas estão me deixando com muita vontade de escrever mais e tentar melhorar... Valeu mesmo a todos. Amanhã vou ver "O lutador", o filme da "ressurreição" de Mickey Rourke, que todos dizem ser bom pra caramba, mas que até agora eu andava meio reticente em assistir, por puro preconceito com o ator (Estava torcendo pelo Sean Penn no Oscar - Yeah!!!), mas chega de opinar sem saber do que se está falando. Assim que assitir, posto pra vocês. Ah, e também vou ver com minha amiga mais doida, a Adriana, cinéfila de carteirinha, um clássico que nunca assisti, "A Malvada" (Recordista de indicações ao Oscar ao lado de "Titanic": 14 no total). Vejo os dois amanhã e comento aqui.
Bom final de semana pra todos!!!! Segunda-feira tudo volta ao normal...
DESAPARECIDOS: Clique aqui e coloque no seu Blog!
DivulgandoDesaparecidos.org

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - [REC]


Burburinho do Oscar ainda na minha cabeça, filmes sérios e profundos e tal, resolvi no carnaval ver algo mais escapista, divertido. Daí a minha surpresa a assistir REC. Eu já sabia que o filme era bom (li em vários lugares), mas consegui achar ainda melhor do que tudo que tinha lido. Filme de terror que assusta mesmo está cada vez mais díficil - O último que eu vi foi "Espíritos" e esse consegue a proeza de te deixar arrepiado em vários momentos, fincando a unha no sofá ou engasgando com a pipoca. O filme é uma produção da Espanha (Toma, Hollywood!) e acompanha a trama de uma repórter de TV e seu cinegrafista que apssam um dia com Bombeiros para fazer uma matéria em um programa de TV. O filme é no estilo "A Bruxa de Blair" (mas trocentas vezes melhor) e tudo que aparece é o que está sendo filmado pela câmera do cinegrafista. Quando recebem um chamado de uma senhora passando mal em um prédio, a mesma ataca um dos bombeiros em uma sequência apavorante. A partir daí começam os terríveis eventos, um mais assustador que o outro, numa angustiante sensação, pois além de você não saber o que pode acontecer, muitas vezes você nem vê o que acontece - e os gritos de horror falam mais que mil imagens. Muito bom, assista se quiser ver um terrorzão original e arrepiante.

[REC] ([Rec])
Direção: Jaume Balagaró e Paco Plaza
Elenco: Manuela Velasco, Ferran Terraza, Pablo Rosso, David Vert
Espanha, 2007

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Meryl e suas discípulas (Kate e Cate)




Se formos escolher um nome de atriz para relacionar ao Oscar, provavelmente quase todo mundo vai lembrar de Meryl Streep. Com pouco mais de 30 anos de carreira, ela conseguiu a proeza de ser indicada 15 vezes. E mais: Tem indicações em todas as décasas: 70, 80, 90 e nos 2000. Esse ano emplaca mais uma em "Dúvida" (Doubt) em mais um trabalho espetacular. Injustamente só ganhou dois (por "Kramer x Kramer" e "A escolha de Sofia"), porque sempre tem alguma atriz mais famosa, com mais lobby ou com uma interpretação mais comentada. Esse ano, deve perder de novo, para Kate Winslet. Os motivos são a dívida que a Academia tem com Kate, uma jovem e poderosa atriz, que já foi indicada seis vezes (e não ganhou nas cinco anteriores) e o fato dela ter tido um espetacular ano (além de "O leitor", ainda brilhou em "Foi apenas um sonho"). De qualquer forma, Meryl já tem seu nome na história de Hollywood, como uma das melhores atrizes de todos os tempos e a mais indicada de todos os tempos.

Quem pode alcançar Meryl?


Entre as jovens atrizes, podemos destacar duas que, continuando em sua linha ascendente, podem um dia alcançar Meryl em seu record de indicações:

KATE WINSLET - Idade: 33 anos - Seis indicações (Razão e Sensibilidade, Titanic, Íris, Brilho eterno de uma mente sem lembrança, Pecados Íntimos e O Leitor)

CATE BLANCHETT - Idade: 39 anos - Cinco indicações (Elizabeth, O Aviador, NOtas sobre um escandalo, ELizabeth: A era de ouro, Não estou lá) e um Oscar (O Aviador)

CRíTICA _ MILK


Continuo na minha missão de assistir os indicados ao Oscar 2009. Depois de "Quem quer ser um milionário?" e "O curioso caso de Benjamin Button", fui assistir "Milk", que me deixou ainda mais confuso e certo de que a safra desse ano está melhor que ano passado entre os indicados. O filme é bem diferente ao que estamos acostumados a ver o diretor Gus Van Sant fazer. Ele troca as suas tradicionais experimentações por uma narrativa mais convencional, mas nada abala a história poderosa que se tem aqui. O filme começa quando Harvey Milk (Sean Penn) conhece Scotty (James Franco), que vai se tornar o grande amor da sua vida. Juntos, se mudam para São Francisco e devido a vários atentados e agressões a homossexuais, Harvey resolve fazer algo pra fazer a diferença. A partir daí vemos suas várias tentativas em concorrer a cargos públicos e suas inúmeras derrotas consecutivas, principalmente para uma cantora evangélica insuportável que odeia os gays. O filme cresce junto com Harvey, que vai amadurecendo e tornando-se um grande político (E consegue, enfim, se tornar o primeiro gay assumido a conseguir um cargo político). Sean Penn não está menos que espetacular, em uma interpretação comovente, a melhor que vi esse ano (Estou torcendo por ele no OScar agora), mas todo o elenco funciona, de Josh Brolin a Emile Hirsch, e em especial James Franco, que mostra ser muito mais do que mostra em suas participações como coadjuvante de "Homem-Aranha". O filme ainda nos brinda com um belo final e é mais um grande motivo para qualquer um ir ao cinema: Em especial, quem acha que o que vale é a liberdade, acima de tudo.

Milk - A voz da igualdade (MILK)
Direção: Gus Van Sant
Elenco: Sean Penn, Emile Hirsch, James Franco, Josh Brolin, Diego Luna
EUA, 2008

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?


Acabei de assistir o super premiado "Quem quer ser um milionário?" (Slumdog Millionaire), novo trabalho de Danny Boyle (Trainspotting, Cova Rasa, A Praia), diretor que já parecia morto no jogo de Hollywood e está dando a volta por cima com esse trabalho. Apesar de todos falarem muito bem, vi sem muita pretensão, porque queria, no íntimo, torcer para "O Curioso caso de Benjamin Button", seu principal concorrente, na festa do Oscar. Quando terminei de assistir, percebi que realmente não devemos tirar conclusões precipitadas. Temos aqui um filme muito melhor, ágil, inteligente, divertido, com suspense e drama se alternando nos momentos certos. O filme começa mostrando um jovem indiano, Jamal, concorrendo em um popular programa de TV (nos moldes do "Show do milhão", do titio Silvio Santos). Ele está prestes a ganhar o prêmio máximo, mas os organizadores do programa não querem acreditar que um jovem pobre, ignorante, da favela possa ter tantos conhecimentos e acham que ele está trapaceando. Torturado pra contar a verdade, Jamal tem que convencer os policiais o porque dele saber cada resposta. Será verdade? Ele é um gênio, um trapaceiro ou foi apenas sorte, destino? As respostas irão surpreender ou emocionar o espectador em um filme eletrizante, bonito de ver (apesar da pobreza apresentada) e
com um belo e emocionante desfecho. Assista assim que puder, o filme é ótimo e (se alguém ainda dá importância a isso) provavelmente está aqui o grande vencedor da noite de 22 de fevereiro.

Quem quer ser um milionário? (Slumdog millionaire)
Direção: Danny Boyle
Elenco: Dev Patel
EUA/Inglaterra, 2008

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - FOI APENAS UM SONHO


Todo mundo sabe o que é um casamento. O que tem de bom e o que tem de ruim. E o que tem de ruim geralmente são abdicações, deixar sonhos de lado, adquirir responsabilidade, saber que agora não é só você: É sua esposa, seus filhos, seu aluguel, suas contas... "Foi apenas um sonho" (título um pouco piegas para "Revolutionary Road"), novo filme de Sam Mendes (Beleza Americana) é exatamente isso: Uma história sobre perda. Não perda de coisas materiais, mas perda daquelas coisinhas que todos nós nos agarramos para tornar a vida melhor: Aquela certeza que não somos mais um no mundo, que somos especiais, que podemos viver fazendo aquilo que gostamos, que podemos brilhar. E também sobre a dura realidade de que, não, infelizmente não é assim. O filme pode parecer um tanto duro pra quem só quer rever o casal de Titanic em seu reencontro após mais de uma década, porém quem se deixar envolver pela história, vai assistir um filmaço, maduro e intenso. Os atores, que são geralmente ótimos mesmo, não estão menos que espetaculares. Leonardo Di Caprio é uma força interpretativa, tanto quando tenta conter os sentimentos quanto nas horas de explosão. Um dos melhores atores da sua geração. Kate Winslet dispensa comentários e não foi a toa que ganhou dois Globos de Ouro esse ano (por filmes diferentes - este aqui e "O Leitor"). Nenhuma frase sua é jogada fora, nenhum olhar, nada. Ainda não vi "O leitor", mas para ela ter sido indicada para o Oscar por ele e não por este filme, sua interpretação lá deve ser muito boa. No final, fica aquela sensação que só os bons filmes deixam: O nó na garganta, a sensação de que tudo poderia ter sido melhor, mas logicamente, nem lá e nem na vida real, não é.

FOI APENAS UM SONHO (Revolutionary Road)
Direção: Sam Mendes
Elenco: Leonardo Di Caprio, Kate Winslet, Kathy Bates, Michael Shannon

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - MARLEY & EU


Só quem tem um cachorro sabe o amor que esse animal é capaz de despertar no ser humano. E se você tem ou gosta de cachorro já está com 90% do caminho andado pra gostar de "Marley & EU". O filme começa com gostinho de Sessão da Tarde, com tudo que isso tem de ruim e também de bom (Muitos não admitem, mas certos filmes de "Sessão da Tarde" são inesquecíveis na vida de todos nós) e vai te envolvendo na história de forma bem positiva. Marley, o personagem, é incrivelmente carismático e você pode perceber as famílias presentes no cinema dando aqueles suspiros e gemidos caracteristicos a cada gracinha do encrenqueiro. O filme vai andando muito bem e divertido (destaque para a cena do adestramento de cães, com uma irreconhecível Kathleen Turner), mas quanto mais vai se aproximando do fim, vai crescendo uma sensação terrível.Todos sabem como a história vai terminar, e você gosta tanto dos personagens que dá vontade de sair do cinema pra não ver a tristeza deles no final. E quando chega a hora, não há viva alma que aguente: Esteja preparado para um dos finais mais estrategicamente construídos para fazer chorar de soluçar cada um dos mortais presentes na sessão. Esse final faz o filme crescer de maneira absurda e transforma o filme numa das melhores atrações da temporada. Pena que pra se obter esse prazer, tenha que se sentir tanta dor.

MARLEY & EU (Marley & Me)
Direção: David Frankel
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Alan Arkin, Eric Dane, Haley Benett
EUA, 2008.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

CRITICA - O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON


Com 13 indicações ao Oscar e fazendo sucesso no circuito, achei por bem ir dar uma espiada no novo filme de David Fincher, um diretor sempre interessante. Dizer que ele se rendeu ao sistema nesse filme é um pouco de exagero. Apesar de diferente do seu estilo, estão lá seus arroubos de criatividade: As imagens de filme antigo no flashback, ângulos inusitados, etc... A história é poderosa, e sim, tem um quê de Forrest Gump, como tem sido alardeado na internet. Porém, o filme tem a magia de te envolver com a história e fazer com que as mais de duas horas e meia passem voando, um saldo com certeza, positivo. Brad Pitt, sem afetações, faz um Benjamin por quem não é dificil você torcer. Cate Blanchet, sempre magnética, consegue te convencer tando com vinte quanto com sessenta anos. E sim, Taraji P. Henson, que faz a mãe do herói, está muito bem e natural em cena, embora não seja caso para Oscar. De resto, o filme tem fotografia belíssima, maquiagem que não tem concorrentes esse ano e belos efeitos visuais. É com certeza O FILME com cara de Oscar desse ano. Mas "Quem quer ser um milionário" vem aí... Será que vai dar xabu?

O Curioso Caso de Benjamin Button (The curious case of Benjamin Button)
Direção: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchet, Tilda Swinton, Taraji P. Henson, Julia Ormond, Elias Koteas
EUA, 2008

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - ÚLTIMA PARADA 174


Assisti ontem esse filme e concordo com algumas críticas que falam da repetição do cinema brasileiro em explorar a favela carioca. Ainda mais quando se é feito de forma pouco inventiva como aqui. Parece que todo mundo quer ter seu "Cidade de Deus". Apesar disso, Bruno Barreto, melodramático como ele só, sabe prender o público criando uma história sentimental encima da tragédia real que envolveu Sandro do Nascimento, o ex-menino de rua que se tornou notório após o caso do sequestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro. Ele aproveita uma história contada por sua mãe (pode ser vista no excelente - e superior - documentário Ônibus 174, de José Padilha) para estabelecer no filme as vidas paralelas de dois meninos com o mesmo nome. Incomoda às vezes (imagino o quanto para familiares de Geisa, a menina morta no episódio)o fato de o filme procurar razões e mais razões para o crime e tentar até fazer de Sandro o "mocinho" da história. Pelo menos há momentos que ele surta e voltamos a lembrar que ele foi o bandido violento que causou todo o tumulto naquele fatídico dia. As cenas no ônibus, embora bem filmadas, deixam a impressão de fantasiosas demais em relação a realidade. Sandro ia liberar as duas ultimas reféns consideradas vivas pela polícia (a senhora estraga tudo entregando sem querer o palno da suposta "Geisa")? E depois iria se garantir em quem? De qualquer forma, é um bom filme, daqueles melhor de se ver na telinha que no cinema. Veja nem que seja pra dar sua opinião.

Última Parada 174
Direção: Bruno Barreto
Elenco:
Michel Gomes, Chris Vianna, Marcelo Mello Jr, Douglas Silva
Brasil, 2008

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CRÍTICA - QUEIME DEPOIS DE LER


Os irmãos Cohen são estranhos. Ou você gosta ou não gosta. Eu gostei de "Fargo", mas odiei, por exemplo, "E aí, meu irmão, Cadê você?". "Onde os fracos não tem vez" é interessante, mas sinceramente, não acho que deveria ter levado a estatueta de melhor filme ano passado (sou muito mais "Desejo e reparação"). Então hoje assisti "Queime depois de ler" sem muitas pretensões e quando vi estava totalmente envolvido. Não sei se estava num dia bom, mas achei o melhor trabalho da dupla. A velha fórmula de pessoas querendo se dar bem armando de forma idiota e acabando se ferrando mais e mais, aqui funciona que é uma beleza e assim como em "Fargo", ganha muito com uma inspiradissima Fances McDormand, que interpreta uma funcionária de academia obcecada em fazer quatro cirurgias que podem transformar seu corpo. Ela e Brad Pitt, sem querer, põem as mãos em um CD que supostamente, contém segredos super confidenciais da CIA. Ao encontrar o dono do CD, John Malkovich, eles se põem a chantagea-lo de maneiras absurdas e engraçadíssimas. Somem-se ainda ótimas interpretações de George Clooney, Richard Jenkis e Tilda Swinton, todos os personagens com vidas duplas, algumas reviravoltas e temos um dos filmes mais divertidos do ano, com um final bem coerente a toda a futilidade dos personagens.
Muito bom!

Queime depois de ler (Burn After Reading)
Direção: Joel Cohen
Elenco: Brad Pitt, George Clooney, Frances MC Dormand, Tilda Swinton
EUA, 2008

OSCAR 2009






O OScar está próximo. A cerimônia acontece dia 22 de fevereiro, para o azar dos cinéfilos brasileiros, mesmo dia do desfile das Escolas de samba, em pleno domingo de carnaval. Ou seja, quem não tiver TV por assinatura, vai dançar e só saber dos resultados pela Internet ou no dia seguinte. Mas será que vale a pena ficar acordado? Eu me pergunto isso todo ano quando já é pra lá de duas da manhã e me lembro que tenho que acordar cedo no dia seguinte (no caso, no mesmo dia). Sempre me bate uma depressão. Pô, os caras tão lá do outro lado do mundo, os resultados não vão mudar em nada minha vida e nem influenciar o meu próprio gosto. POrque esse sacríficio? O fato é que tornou-se um vício. Quando você sabe que é idiota, mas não larga.
Esse ano, pelo menos, os filmes me agradam mais que o ano passado. Apesar da burrice (polêmica?) da não inclusão de "Batman - O Cavaleiro das Trevas" nas categorias de filme e diretor. O Oscar não pode perder sua aura de sério, afinal. Premiar um filme baseado em quadrinhos? Nunca! Eles esquecem que nos últimos anos tem sido esses filmes (X-Men, Homem Aranha, Batman...) que tem ajudado a acarregar a industria nas costas - Os astros parecem não ter mais esse poder. Mesmo assim, o filme de Christopher Nolan está bem representado em oito categorias e deve ganhar vários.
Agora vamos aos meus comentários sobre as principais categorias...

FILME

"O Curioso caso de Benjamin Button" lidera a lista de indicações (são treze) e tem uma puta cara de Oscar, o que nos leva a uma grande dúvida. "Quem quer ser um milionário?" é o preferido da crítica, mas seria muito ousado esteticamente para a academia? O prêmio fica com um desses dois, dependendo do humor dos votantes. Se estiverem fazendo a linha mais "tradicional", o primeiro (que é mesmo um lindo filme), se ousarem um pouco, o segundo. Apesar disso, parece que "Frost/Nixon" é um filmaço e não seria de todo surpresa se acabasse roubando a festa. "Milk" e "O Leitor", apesar de bons, não tem chances.
Minha aposta: "O Curioso caso de Benjamin Button"

O INJUSTIÇADO: "Foi apenas um sonho", de Sam Mendes. Uma história tocante, sobre como a vida se perde no meio dos nossos sonhos. Merecia estar entre os cinco.

DIRETOR

Danny Boyle é o preferido. Seu "QUem quer ser um milionário" é ágil, belo visualmente e conta direitinho a história. Assim como na categoria Filme, sua pedra no sapato pode ser David Fincher, com "O Curioso caso de Benjamim Button", no caso, um diretor brilhante que já realizou grandes trabalhos e merecia uma estatueta no que seria o auge de sua maturidade.. Os outros concorrentes, Stephen Daldry (O Leitor), Gus Van Sant (Milk) e Ron Howard (Frost/Nixon), todos ótimos, não levam dessa vez.
Minha aposta: Danny Boyle

O INJUSTIÇADO: Christopher Nolan não ser indicado pelo belo trabalho em "Batman - O cavaleiro das Trevas" é quase um sacrilégio.

ATOR

Talvez a categoria mais díficil da noite. Aqui tem Mickey Rourke("O Lutador"), do jeito que a Academia gosta, em clima de ressurreição artística e sendo premiado em vários lugares. Se a noite consagrar "O Curioso caso de Benjamin Button", porém, é quase certo que Brad Pitt vá junto na leva e fature o primeiro Oscar de sua carreira. E ainda Sean Penn, esplêndido em "Milk" e os sempre competentes Frank Langella (Frost/Nixon) e Richard Jenkis (Aprendendo a viver).
Minha aposta: Brad Pitt

O INJUSTIÇADO: Leonardo DiCaprio. Sempre dono de grandes interpretações, o ator tem menos indicações do que deveria em sua carreira. E ele merecia por "Foi apenas um sonho".

ATRIZ

Kate Winslet em sua sexta indicação (por "O Leitor") em 15 anos de carreira merece o prêmio por toda sua excelência artística: É uma das grandes atrizes do cinema. Como esse ano teve duas interpretações magistrais (também brilhou em "Foi apenas um sonho") e já levou dois globos de ouro, é a grande favorita da noite. Mas nunca subestimem Meryl Streep, a grande atriz americana, 15 indicações, e uma interpretação de tirar o fôlego em "Dúvida". Anne Hathaway andou muito cotada também, com vários prêmios por "O casamento de Rachel", mas sua bola caiu um pouco depois do Globo de Ouro. Por fora, correm Melissa Leo (Rio congelado) e Angelina Jolie (A Troca), mas sem grandes chances.
Minha aposta: Kate Winslet

A INJUSTIÇADA: Sally Hawkins (Simplesmente feliz) ganhou o Globo de Ouro como atriz de comédia e merecia estar aqui. Mais uma prova que a Academia não é muito chegada a risos...

ATOR COADJUVANTE

Aqui não tem quem dê jeito: Muito merecidamente, o Oscar já é de Heath Ledger, que roubou o ano de forma descarada, como só o seu Coringa saberia fazer. Muito se especula sobre sua interpretação não fazer tanto sucesso se ele estivesse vivo, mas só quem não viu o filme pode falar tamanha asneira. Pena Robert Downey Jr. estar concorrendo no mesmo ano por "Trovão Tropical", pois sua interpretação é magnifica no filme, mas Heath está insuperável. No mais, temos o sempre brilhante Philip Seymour Hoffman (Dúvida), Josh Brolin (Milk), que já deveria ter sido indicado desde o ano passado com "Onde os fracos não tem vez" e o novato Michael Shannon ("Foi apenas um sonho").
Minha aposta: Heath Ledger

O INJUSTIÇADO: O jovem ator James Franco tem uma interpretação delicada e comovente em "Milk" e merecia ficar entre os finalistas.

ATRIZ COADJUVANTE

Como Kate Winslet acabou na categoria principal por "O Leitor", o prêmio deve ficar com Penelope Cruz (Vicky Cristina Barcelona) que era a mais cotada desde o Globo de OUro. Mas não subestimem o poder de Marisa Tomei (O Lutador), que já surpreendeu uma vez (Lembram de "Meu primo Vinny"?), a dupla indicação de "Duvida" para Amy Adams e Viola Davis e até mesmo, assim como Brad Pitt, se rolar uma super premiação para "Benjamin Button", der Taraji P. Henson.
Minha aposta: Penelope Cruz

A INJUSTIÇADA: A lista aqui está certinha, as atrizes que mereciam estão todas aqui, mas pra não perder o costume, bem que podia rolar uma indicaçãozinha pra nossa Sandra Corveloni (Linha de passe), né? Afinal, ela derrotou Angelina Jolie e todas as outras atrizes em Cannes e daria até um ar cult à premiação... Sonhar não custa nada.

Minhas outras apostas:

ROTEIRO ADAPTADO: O Curioso Caso de Benjamin Button
ROTEIRO ORIGINAL: Wall-E
FILME ESTRANGEIRO: Valsa com Bashir
ANIMAÇÃO: Wall-E
FOTOGRAFIA: Batman - O Cavaleiro das Trevas
MONTAGEM: Quem quer ser um milionário?
DIREÇÃO DE ARTE: O Curioso caso de Benjamin Button
FIGURINO: A Duquesa
TRILHA SONORA: Wall-e
CANÇÃO: "Down to Earth" - Wall-E
MAQUIAGEM: O Curioso caso de Benjamin Button
EDIÇAO DE SOM: Batman - O Cavaleiro das Trevas
MIXAGEM DE SOM: Batman - O Cavaleiro das Trevas
EFEITOS VISUAIS: BAtman - O Cavaleiro das Trevas
DOCUMENTÁRIO: Man on Wire